quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tradições de Macarani

São João e São Pedro

Macarani, tem como padroeio São Pedro, por este motivo a cidade prorroga as festas juninas que já tem grande repercursão em toda região sudoeste da Bahia, do dia 23 até o dia 29 de junho.

Barracas de barro e palha são montadas na praça principal da cidade, onde são servidas bebidas típicas como quentão, caldo de pinto, caldo de feijão, mingal de milho, "vaca atolada", bem como comidas típicas como: amendoim cozido, milho cozido, pipoca, entre outras.

Ao tempo em que os fogos de artifício iluminam as noites frias de junho, muitas vezes com o famoso sereno, na noite do dia 23 de junho fogueiras são acesas nas ruas em homenagem a São Pedro, e as pessoas soltam fogos e "tracks", "chuvinha", e em alguns pontos da cidade acontecem as festas de bairros, onde os próprios moradores enfeitam as ruas com bandeirolas, palhas de coqueiros, balões, desenhos e pinturas nos postes, preparando assim a rua para receber os visitantes quem vem de diversas partes do país para prestigiar esta festa tão bonita que acontece aqui. Em algumas ruas acontecem pequenos shows de forró ou brincadeiras como: "quebra pote", "pau de cebo", "cirandas" e a mais fomosa de todas, a quadrilha, onde todos brincam e se divertem ao som do tradicional forró pé de serra.

Por volta da madrugada do dia 24, após os festejos nos bairros, as pessoas geralmente se dirigem para a praça principal para continuar a festa com bandas típicas de forró, que se apresentam em dois palcos principais, sempre que uma banda termina a outra já começa a tocar não deixando que a poeira do forró acabe.

Geralmente as escolas realizam atividades com os alunos, voltadas às festividades da época, fazendo com que essa chama da cultura permaneça sempre acesa. O Colégio Normal São Pedro, já tem uma data específica onde sempre realiza a famosa "Festa do Pedão", aberto ao público em frente ao colégio.

Apesar de Macarani ser uma cidade nordestina, nas noites de Junho, os termômetros de já registaram uma temperatura de 8ºC, o que reforça a ideia de fazer a fogueira para se aquecer.

Nestas datas acontece também a cavalgada de São Pedro, onde pessoas montadas a cavalo desfilam do Márjorie Parque até a Igreja Católica, onde é passada uma mensagem de paz a todos da cidade.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Tecnologia é usada como material de apoio em classe

28/04/2010 - iG Educação


Brasil ainda não definiu política integrada de aplicação de padrões de práticas pedagógicas que envolvam uso das TICs


São Paulo


As tecnologias utilizadas na sala de aula funcionam apenas como material de apoio do professor. A constatação é de Maria Inês Bastos, educadora e consultora da Unesco, que participa do evento O Impacto das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) na Educação na América Latina e no Caribe, organizada pela Unesco em Brasília. “A aula pode até ficar mais divertida. Mas não sei se ajuda os alunos a aprenderem mais.”


De acordo com ela, o Brasil ainda não definiu uma política integrada de validação e aplicação de padrões de práticas pedagógicas que envolvam o uso de tecnologia em classe, como acesso, ferramentas ou formação de professores. “É fundamental utilizar as TICs na preparação do material didático. O Brasil tem condições de fazer uma proposta de padrão de competências como o Chile fez com a Rede Enlace. O país tem cursos de capacitação de professores e o ministério da educação definiu metas e sistemas que medem o cumprimento destas metas”, explica.


Além da dificuldade em implementar as TICs nas práticas pedagógicas, a maioria das escolas brasileiras ainda não tem acesso à banda larga. Das 135 mil instituições públicas urbanas (65 mil) e rurais (70 mil), apenas 45mil têm acesso a ela. De acordo com o secretário de Educação à Distância do Ministério da Educação, Carlos Bielshowsky, a meta é atingir 92% da população escolar até o final deste ano. “Saímos do zero. Não há país no mundo que tão rapidamente tenha conseguido resolver o problema. Banda larga nas escolas é fundamental para um salto do estudante no uso da tecnologia na sala de aula.”


Segundo Bielshowsky, professores estão recebendo cursos de capacitação. Muitos têm o primeiro contato com computadores e aprendem a utilizá-lo (desde ligar o equipamento até salvar um arquivo). Outros – cerca de 40 mil atualmente – fazem latu sensu em tecnologia de informação. Os números ainda são pequenos. Para ter uma ideia, só a rede estadual de ensino de São Paulo tem cerca de 220 mil professores. “Não adianta investir só em infraestrutura. É jogar dinheiro fora”, diz.


“O professor tem papel fundamental. Aparentemente o mundo inteiro esqueceu dos professores e os deixaram andando com as próprias pernas”, completa Maria Inês.


* Gabriela Dobner viajou a convite da Unesco


fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7382

Cobertura de banda larga chegará a 92% das escolas brasileiras em 2010, diz secretário do MEC

28/04/2010 - Agência Brasil


O secretário de Educação à Distância do MEC (Ministério da Educação), Carlos Bielshowsky, disse que até o final deste ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet.




Lisiane Wandscheer
Brasília


O secretário de Educação à Distância do MEC (Ministério da Educação), Carlos Bielshowsky, disse que até o final deste ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet. Ele apresentou as ações do governo brasileiro para promover o acesso à inclusão digital e a capacitação de professores na área de tecnologia durante a Conferência Internacional – O Impacto das Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação.


“Fizemos um acordo com as operadoras de banda larga e até o final do ano 92% das escolas brasileiras terão acesso à internet, isto significa a inclusão digital de cerca de 35 milhões estudantes”, afirma Bielshowsky.


Segundo o secretário, o trabalho desenvolvido pelo MEC busca a “alfabetização digital” de professores e alunos, além de estimular a autonomia dos estudantes na formação do conhecimento através dos laboratórios de informática e de promover novas estratégias pedagógicas com o uso de conteúdos digitais na sala de aula.


“Queremos tornar a sala de aula menos aborrecida, mais atraente. Até o momento, implantamos laboratórios em 42.688 instituições, mas é idiotice fazer isso sem capacitar o professor e é isto que estamos fazendo. Em 2009 capacitamos 332.184 professores e faremos mais este ano”, destaca.


fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7383

Na rede pública, tecnologia atende 24 milhões de alunos

28/04/2010 - Portal do MEC


As tecnologias na educação estão acessíveis a 24,8 milhões de estudantes das escolas públicas brasileiras


As tecnologias na educação estão acessíveis a 24,8 milhões de estudantes das escolas públicas brasileiras. O número, que corresponde ao total de alunos atendidos pelo Programa Banda Larga nas Escolas, do Ministério da Educação, foi anunciado nesta terça-feira, 27, durante a conferência O Impacto das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na Educação.


O encontro, promovido pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), será encerrado nesta quarta-feira, 28. No seminário de abertura, o secretário de educação a distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, destacou a importância de uma reflexão no momento em que o país tem investido em TICs nas escolas públicas. “Não basta dar a infraestutura. É necessário capacitar o corpo docente e oferecer conteúdos a serem trabalhados em sala de aula”, disse.


Em 2009, 332 mil professores foram capacitados para trabalhar com as tecnologias em sala de aula. Até o fim deste ano, 303 mil terão participado de cursos de formação. Em outro programa, o Aluno Integrado, 75 mil estudantes acima de 15 anos serão formados para atuar como monitores nos laboratórios de informática das escolas.


Bielschowsky destacou ainda o número de estudantes atendidos pelo Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado), que atende 18,4 milhões de estudantes de escolas públicas em todo país e deve chegar aos 30 milhões até o fim do ano. O secretário apresentou os programas do Ministério da Educação que levam a tecnologia à sala de aula, como o ProInfo Integrado, o Banda Larga nas Escolas, o Banco Internacional de Objetos Educacionais, o Domínio Público, o Projetor ProInfo e Um Computador por Aluno (UCA).


Para o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, a capacitação de professores é fundamental no processo de introdução das TICs na educação. “É preciso transformar a sociedade da educação em sociedade do conhecimento”, ressaltou. “Há a necessidade de envolver estudantes gestores e também a família e a sociedade, que são parte da comunidade escolar.”


Assessoria de Imprensa da Seed


fonte:http://www.todospelaeducacao.org.br/Comunicacao.aspx?action=5&mID=7381

Começam testes com microfone sem fio para professor da rede estadual



A inovação tecnológica será composta de um kit que contém microfones sem fio e de lapela
A inovação tecnológica será composta de um kit que contém microfones sem fio e de lapela
Falar em voz alta todos os dias na sala de aula é fadigoso para a grande maioria dos professores. Muitas vezes, acabam disputando com os próprios alunos, que começam em conversa fiada dentro da sala. E para auxiliar no desenvolvimento pedagógico dos alunos e contribuir com a saúde dos professores a Secretaria da Educação começa a testar equipamentos que vão ajudar na saúde vocal dos docentes.
A inovação tecnológica será composta de um kit que contém microfones sem fio e de lapela, juntamente com um amplificador de voz. Esse modelo será aplicado nos próximos dias no Espírito Santo. E segundo o secretário da Educação do Estado, Haroldo Corrêa Rocha, a novidade precisa atender a realidade das escolas do Espírito Santo.
“As inovações presentes em sala de aula são alternativas para a melhoria do processo ensino-aprendizagem”, comenta a tutora doPortal Educação, Thais Elena Carvalho. A tutora ainda ressalta que o benefício será a prevenção de problemas com a voz dos professores, que segundo ela sofre muito desgaste.
O processo será intrudir nas salas de aula os microfones com o amplificador, para que a fala dos profissionais possam ganhar evidência, contribuindo para que o professor não perca a voz durante as aulas. Esse recurso será de grande valia para aqueles que passam mais de oito horas por dia na sala de aula e apresentam problemas vocais.

A rotina de um NTE: Itaperuna conectada ao conhecimento



Robson Garcia Freire

O expediente começa mesmo acelerado no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) de Itaperuna. Sob a coordenação de Robson Freire, existe uma equipe de primeira dando duro para inserir, de uma vez por todas, a tecnologia na rotina de professores e alunos da rede estadual de ensino. São cursos de capacitação de professores, jogos e blogs educativos, softwares lançados, recursos que podem ser incorporados às aulas, enfim, o século XXI em rede a serviço da Educação.


A missão é árdua e exige muita competência e suor. (Aqui entre nós, nada que o pessoal bem afinado de Itaperuna, ávido por multiplicar conhecimento, não tire de letra... Mas, tudo bem. Prossigamos.) A labuta diária desses grandes realizadores em tecnologia e educação é considerável: se estende das 8h às 21h30 e não para de aumentar.


Segundo Robson, que assumiu a coordenação do NTE este ano, mas já integrava o núcleo desde sua formação, em 1997, nunca houve um incentivo tão grande por parte Estado quanto o efetuado pela atual gestão. 


“Vi os NTEs crescerem, ganharem prestígio e também enfrentarem momentos delicados. Hoje, podemos constatar um grande avanço. Com a gestão da Secretária Tereza Porto, responsável pela distribuição de notebooks para os professores regentes da rede, recebemos uma verdadeira demanda por capacitação jamais vista, já que o acesso à tecnologia era pouco democrático”, avalia o professor, que também coordena o blog Caldeirão de Ideias, agraciado com o Prêmio Best Blogs Brasil 2008, na categoria Melhor Blog Corporativo, e com o TOP BLOG 2009 na categoria Tecnologia, no segmento Corporativo pela Votação Popular.


Pois bem, parece mesmo que o governo passou a enxergar a tecnologia como aliada da Educação, dando à recente engrenagem uma maior visibilidade. Também os professores mudaram o seu comportamento de resistência e já aderem à informática não como concorrente, mas como motriz do processo pedagógico. Daí a necessidade de capacitação... O que resta ao NTE, portanto, é corresponder à nova conjuntura. E mãos à obra.


Dentro de um NTE, o trabalho não para mesmo. Tem sempre um professor querendo aprender. Tem sempre uma equipe inteira pronta para atender à demanda da rede estadual. Além de contar com a parceria de coordenadorias que divulgam os cursos de capacitação nas escolas, os NTEs realizam visitas e reuniões pedagógicas para diagnosticar as necessidades e traçar estratégias na medida de cada unidade escolar. O segredo do sucesso educacional, de acordo com o coordenador de Itaperuna, está mesmo na coletividade.


“Nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos. Eu errei, nós erramos. Eu ganhei, nós ganhamos. Tenho uma equipe fantástica funcionando em perfeita harmonia. Os profissionais são realmente top de linha e representam o que há de melhor em tecnologia. Como educador, minha missão é divulgar o conhecimento”, completa Robson.

fonte: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2578

Uma palavra, vários sentidos

As palavras de todos os dias reunidas num ambiente virtual ganham outros sentidos. O desafio para os educadores é descobrir a melhor ferramenta para atrair os alunos e usar suas experiências online como suporte ao ensino. Ninguém duvida de que um estudante tenha mais facilidade para usar redes sociais do que um professor. A diferença é que cabe ao professor o conhecimento. Segundo o doutor em Educação João Luis de Almeida Machado, o educador deve aproveitar o interesse das novas gerações pela tecnologia para dar uma “vitaminada” na relação entre ambos. “Quando os alunos percebem que você está inserido no universo que eles gostam, os laços se estreitam”, diz. 

Apesar do gosto pelo virtual, nem tudo o que vem da internet agrada. É o caso dos grupos de e-mails. “Eles ainda têm bastante resistência em relação aos e-mails. Consideram obsoleto”, observa João Luiz. E continua. “Para nós, continua sendo um objeto , uma vez que é o substituto do correio convencional. Criar uma rede de e-mails é uma prerrogativa que deve ser usada nas escolas.”

As redes sociais são um canal poderoso de comunicação e outra opção pedagógica que pode render bons frutos. Os professores podem ensinar que Orkut e MSN também têm uma finalidade educativa, indo além do bate-papo que cristaliza neologismos. Para o Professor Ruy Ferreira, da Universidade Federal de Mato Grosso, em dez anos iremos incorporar os termos oriundos das experiências “internáuticas”.

Uma nova aprendizagem

E não adianta resistir. “Minha resistência caiu quando meus filhos ensinaram a mãe a usar o PC. Nesse dia, notei que eles tinham algo a ensinar à minha geração. Parei e pensei: epa! Se eles que são o futuro usam com desembaraço, eu não posso perder a carruagem da História”, lembra. Isso foi em 1986.

Em 2009, Ruy Ferreira conversou com o Conexão pelo MSN e explicou que costuma tirar dúvidas de mais de 600 alunos da mesma maneira. “Este potencial deve ser levado em conta. Estar em muitos lugares ao mesmo tempo”. Para o professor, que passou alguns anos estudando o ambiente virtual para a sua tese de doutorado, na Unicamp, o blog é uma ótima ferramenta para quem está dando os primeiros passos no ambiente cibernético. 

Com a tese “Interatividade educativa em meios digitais: uma visão pedagógica”, ele encontrou um modelo para tornar o meio digital um suporte à aula. “Eu uso várias ferramentas, dependendo sempre do conteúdo curricular e do perfil do aluno. As redes sociais são recomendadas para quem já possui melhor desenvoltura na internet”, avisa.

Outra ferramenta que tem um grande potencial é o Twitter, mas que ainda está sob avaliação. “Estamos pesquisando a melhor maneira de utilizá-lo em sala de aula. Um exemplo: o professor pode pedir que os alunos estejam online, no laboratório da escola, depois de algum trabalho ou leitura, e lançar perguntas objetivas sobre o trabalho para que eles possam responder. O aluno precisa estar atento, pois ele tem 140 caracteres para redigir a resposta. Foi um desafio para mim”, explica o professor. 

Mudança de mentalidade

Quem imagina que a tecnologia é a salvação para o sistema educacional se engana. Ambos os doutores em Educação alertam: é a inteligência pedagógica que deve ser colocada em uso. “Algumas pessoas pensam a tecnologia como a resposta definitiva para a Educação. Eu, pessoalmente, entendo o valor e a importância dos recursos, mas penso a tecnologia como um recurso adicional, ao lado dos livros, da experiência e da formação do bom profissional, do cinema e outras tantas alternativas que contribuem para uma Educação de qualidade”, avalia Almeida. 

De Mato Grosso, Ruy Ferreira reforça o recado aos professores. “Essa transformação é um caminho sem volta. Os luditas quebravam teares na Inglaterra da Revolução Industrial. Nem por isso eles impediram o progresso da indústria. Os professores deixarão a resistência de lado quando conhecerem as vantagens do emprego das tecnologias educacionais. O problema está na falta de informação e de formação. Precisamos de uma mudança de mentalidade.”

Mil e um recursos
À disposição de escolas e professores estão as bibliotecas virtuais, as aulas gravadas em streaming, as lousas interativas. O que falta são recursos financeiros para disponibilizar todas as ferramentas que estão no mercado. “Falta-nos pensar a Educação como os chilenos. Pensar na Educação como uma política de estado e não de governo. Ou pior, de ministro”, continua Ferreira. 

Ao falar de mudanças, o Educador João Luis Almeida acrescenta mais um ator no cenário das transformações: a família. “Precisamos integrar os pais à escola, não só em questões de ementa, mas sim para o acompanhamento de perto e incentivo dos filhos. Cabe à família promover atividades culturais, incentivar a leitura, o contato com o cinema, o teatro, a dança e o esporte. Essa iniciativa gera ganhos para o aluno. O papel da família é decisivo e imprescindível”, conclui.



fonte: http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2563

CONECTE-SE


Blogs e sites

Uma revolução recheada de velhos costumes



É uma tentação... Estudiosos sempre querem comparar a revolução eletrônica com a Revolução de Gutenberg. Por volta de 1450, só podíamos reproduzir um texto copiando-o à mão. Dá para imaginar? De repente, surgiu uma nova técnica baseada nos tipos móveis e na prensa que transformou a relação com a cultura escrita. No século XX, assistimos a uma revolução eletrônica que vem quebrando barreiras e paradigmas. E para não ficar para trás, o sistema de ensino está descobrindo novas formas de ensinar. Afinal, os alunos têm outro perfil, necessidades e interesses. E o professor?

Está no Aurélio: professor é aquele que ensina uma ciência, arte, técnica; mestre. Antigamente, havia uma imagem muito consolidada no imaginário coletivo: a do professor como o mestre que detém todo o conhecimento. Hoje, as ferramentas tecnológicas desconstroem esse personagem. Em sala de aula, de um lado estão os alunos com o Google, redes sociais, celulares, notebooks e o tempo ao seu favor. Do outro, professores com experiência em práticas pedagógicas e... quadro-negro e giz?

Não precisa muito para saber que há algo errado nesta cena. Para o doutor em Educação pela PUC-SP, João Luis de Almeida Machado, os professores precisam descobrir como usar as ferramentas para melhorar as aulas. “É um caminho sem volta. Não dá para imaginar que a escola possa abrir mão dessas ferramentas. Aos professores compete descobri-las, entendê-las e adaptá-las ao trabalho que desenvolvem.”

Mediando o conhecimento

Esse novo papel do educador não parece tão novo para o Professor Ruy Ferreira, da Universidade Federal do Mato Grosso. “Essa ideia do professor como o detentor do conhecimento sempre me incomodou. Hoje, a informação está disponível na internet e o professor facilita a busca do aluno. Creio que o melhor papel para o professor é mediar o conhecimento e aprender com essa situação. Se formos pensar, isso não é novo. É o que Paulo Freire sempre pregou. Todos aprendendo na interação ensino-aprendizagem.”

Para intermediar essas relações, as opções são variadas: redes sociais, blogs, twitter, lousa interativa, notebooks etc. Segundo João Luis, o importante é a racionalização desses artifícios. “Ainda há resistência dos professores, mas já melhoramos bastante. A questão é descobrir como a tecnologia pode ser uma aliada em sala de aula. Isso toma tempo, e os professores normalmente não têm muito tempo disponível para estarem online. Sem falar da infraestrutura das escolas. Nem todas têm equipamentos, conexões de qualidade.”

De um trabalho de capacitação de professores, surgiu a tese de doutorado de João Luis - “Escolhendo a pílula vermelha; blogs na formação de professores”. A teoria ganhou a prática. O blog, cujo endereço é www.escolhendoapilulavermelha.com.br, deu continuidade à formação dos mestres a distância. “Os professores demonstraram interesse em conhecer novas tecnologias, mas sabiam que depois, com o cotidiano, não conseguiriam usá-las. Propus a criação do blog, que ajudou a tirar dúvidas e enriqueceu a formação. Foi uma experiência muito agradável e produtiva.”

Com o blog o professor pôde estender o tempo de aula e estimular o hábito da pesquisa entre os usuários. “Conseguimos fazer um registro regular das atividades desenvolvidas em sala de aula. Aproveitamos o espaço virtual para incitá-los a ler o material de apoio e realizar atividades adicionais. Pelo blog, estávamos conectados o tempo todo. Em sala, de duas a três vezes por semana, e nos outros dias virtualmente”.

Atente-se para a tecnologia

E quem são esses alunos dos tempos virtuais? João Luis não hesita em responder: “São jovens muito visuais. Pesquisas indicam que o youtube é a segunda maior ferramenta de busca do planeta. Devemos pensar no que está indo para lá. Que informações estão disponíveis para os alunos acessarem? Infelizmente, estamos falando de alunos muito dependentes da tecnologia, que leem muito pouco. Eles demonstram agressividade porque socializam pouco, menos do que deveriam. E não praticam muita atividade física também. Precisamos trazer esses alunos de volta para nós”, acrescenta.

Se você ainda aderiu à criação dos blogs, veja como eles podem ajudar na sua aula. Depois, mãos à obra.


TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO


Especialistas de todo o mundo começam a anunciar as tendências de uma nova educação: em ambiente colaborativo, aprendizagem personalizada e altamente qualificada. O conhecimento lançado em redes sem fio promete uma revolução educacional, na qual o aluno é o principal beneficiado. Não à toa, a experiência digital vem para assegurar uma melhor avaliação do desempenho escolar, a transmissão do saber em tempo real e um alcance mais democrático da própria cidadania.

Mas, afinal, se o futuro do ensino está mesmo nas mãos da tecnologia da informação, a boa, educadores, é mergulhar de vez na plataforma web como ferramenta pedagógica. Sem medo ou qualquer preconceito. E para amparar você nesta grande empreitada, o Conexão buscou casos de sucesso em projetos tecnológicos e desvendou o que a SEEDUC tem feito para colocar a tecnologia no dia a dia dos professores.

A geração multimídia já conseguiu eliminar fronteiras em toda a parte e mostrou que enxergar e respeitar as diferenças são os primeiros sinais para o progresso. Não foi fácil encurtar as distâncias entre povos e culturas tão divergentes, mas aprender com tudo isso representa a grande vitória. Agora, professor, é a sua vez de estender as mãos aos nativos digitais. Sonhar apenas não conta. E neste espaço virtual, é você quem pode fazer a diferença. O futuro está aqui e agora.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Entrevista com Radialista Antônio Araújo Santana - A importância do Rádio na Educação

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – 2010
ALUNO: Luiz Artur Meira Moura
TUTOR: Maria das Graças Ferreira Telles


ATIVIDADE 2: Resumo – Sintetizando as ideias - Fonte de Consulta: Módulo Rádio completo.


O Módulo Rádio do curso de mídias na educação, tem como principal objetivo mostrar a utilidade do rádio como uma excelente ferramenta de transmissão do saber, bem como quais tipos de atividades podem ser realizadas com ele, benefícios e malefícios que este traz à saúde.


A SUA IMPORTÂNCIA


Fatos históricos relatam a grande importância que o rádio trouxe à comunicação, ampliando os horizontes de desenvolvimento de novas tecnologias que aproximassem cada vez mais a informação das pessoas. E apesar dos grandes avanços tecnológicos, alguns equipamentos ultramodernos ainda utilizam as ondas de rádio para a transmissão de dados, exemplos disso são as operadoras de telefonia móvel, provedores de internet sem fio (wireless), entre outros, onde estes dados são criptografados e enviados em sequências binárias onde quem o recebe já possui interpretadores destes sinais. Isso mostra que o rádio está mais presente em nossas vidas do imaginemos que ele esteja.


NA VIDA PESSOAL


O rádio nos dias atuais é muito ignorado devido aos grandes avanços tecnológicos como TV, Computadores e Internet, mas em muitas regiões como a maioria dos vilarejos da região amazônica, é o principal, senão o único meio de receber a informação. Isso faz com que essas pessoas tenham um maior reconhecimento sobre a importância que o rádio tem como meio de comunicação. Analisando o rádio de um ponto de vista de segurança de Estado, seria o único meio de comunicação que continuaria funcionando imediatamente após uma grande catástrofe de um país como uma guerra.


TIPOS DE RÁDIO


Com o passar dos tempos, as rádios evoluíram tanto a ponto de se dividirem em subcategorias: Rádio Comercial, Rádio Educativa, Rádio de Música POP, Rádio de música Rock, Rádio de música Gospel... permitindo assim que as pessoas possam escolher a sintonia que mais lhe agrada ouvir, trazendo sempre informações relacionadas ao estilo da rádio que se escuta.


RÁDIO NA ESCOLA


Não muito distante da percepção da grande importância do rádio na transmissão da informação e ou do conhecimento, surge por si só uma nova metodologia de ensino, que viria a revolucionar a forma como o conhecimento é passado para as pessoas. Os programas realizados nos rádios logo implementam alguma forma de passar dicas de conhecimento para as pessoas em suas residências, dicas estas relacionadas à higiene e saúde, segurança no lar ou no trabalho, direitos e deveres de cidadão, entre outras que visam orientar as pessoas a terem uma melhor qualidade de vida evitando doenças, acidentes, escolhendo melhores os políticos (isso depois da lei que deu ao brasileiro a liberdade de expressão), etc. Assim foram as primeiras rádios escolares.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Após um certo “abandono” do rádio como um meio de transmissão do saber, políticas públicas voltaram a investir no rádio como uma excelente forma de educar. Isto aconteceu devido a uma reanálise deste meio, levando em conta que é um meio de comunicação tecnicamente de baixo custo financeiro. Projetos de lei foram criados com o intuito de implementar a rádio dentro da escola ou a rádio da escola dentro da comunidade. A ideia é sempre a de levar o verdadeiro conhecimento ao público de uma maneira geral, indistintamente, com uma informação organizada por profissionais da educação. Em algumas cidades de nosso país novas leis foram criadas, obrigando o uso do rádio como um dos principais meios de transmissão do saber, onde somente educadores, alunos ou pais de alunos podem fazer parte da equipe técnica e de redação da emissora.


SUA UTILIDADE NO CAMPO DA EDUCAÇÃO


No campo da educação, o rádio aparece como uma tecnologia inovadora e familiar, deixando os estudantes e educadores, sempre com aquele ar de quem recebe um parente que mora há anos em uma cidade distante. Entre uma notícia e outra divulgada no rádio, músicas também podem ser analisadas, levando os alunos a debaterem questões morais, direitos, deveres, questões sociais, econômicas, religiosas, sempre respeitando o direito de escolha que cada um faz para a sua vida. Poesias e peças teatrais, podem ser adaptadas para programas de rádio, para posteriormente serem analisadas com os alunos. Essas e muitas outras ideias podem ser implementadas neste aparelho de grande valia para a educação.


METODOLOGIAS DE ENSINO E PROJETOS DE RÁDIO


Diversas metodologias de ensino podem ser criadas a partir do rádio como ideia principal. Uma sugestão muito interessante é levar o profissional do rádio para ser entrevistado pela turma ou pela escola, isso afasta, de certa forma, o medo que algumas pessoas tem de trabalhar com rádio na educação, permitindo também que o aluno interaja diretamente com aquele que muitas vezes só se conhece a voz. A ideia do profissional do rádio na escola, materializa muitas vezes o sonho de muitas pessoas de se tornarem grandes transmissores de informação, ao verem que o radialista é uma pessoa normal, com mesmos desejos e sonhos de muitos que ali estão.
Projetos de implementação de rádios na escola devem ser elaborados pela direção, juntamente com os educadores de uma determinada escola, e levados aos políticos competentes, responsáveis pela realização destes projetos. Que este é um sistema de informação que funciona todo mundo já sabe, o que falta agora é por em prática tudo que se aprendendo ao longo da vida relacionado a esse tema.


INTERDICIPLINARIDADE


Diversos campos da educação podem ser trabalhados pelo rádio: interpretação de texto, redações, interpretação de músicas, criação de músicas, criação de poesias, pesquisa de campo, entrevistas, estudos e publicações sobre nossas origens na cidade, antepassados, história da escola, história da cidade, contos, lendas, idiomas podem ser praticados ao ouvir e traduzir músicas internacionais, dentre diversos outros assuntos.


EFEITOS POSITIVOS DO RÁDIO


O efeito misterioso que o rádio traz, desperta o ouvinte para a notícia, prendendo-o mais à informação, o que faz, muitas vezes, com que o barulho de uma mosca voando seja suficiente para irritá-lo durante a transmissão da informação. Além do mais, músicas também podem ser uma ótima forma de refletir sobre questões de nosso país, de nossa vida íntima, a música é capaz de levar alguém a ter lembranças de anos atrás, desligando-nos de todos os pensamentos e preocupações momentâneas, levando-nos a uma outra dimensão espacial, onde o tempo parece parar ao som da melodia de uma música.


EFEITOS NEGATIVOS DO MAL USO DO RÁDIO


Alguns cuidados devem ser levados em consideração ao usar o rádio, um deles é a qualidade em que o som é transmitido bem como o volume. O som alto demais e com muitos ruídos causam uma certa pertubação psicológica, podendo até mesmo causar danos irrecuperáveis ao aparelho auditivo. Tudo isso deve ser levado em consideração nos projetos pedagógicos a serem aplicados. Salas próprias e equipamentos bem regulados e sintonizados devem ser configurados por profissionais da área, visando um melhor aproveitamento deste meio.


QUAL O PROBLEMA DO RÁDIO?


Com o rádio, não há absolutamente nada de errado, o problema está sempre na forma como ele deve ser usado e do que dele será interpretado. O cuidado é de estar sempre transmitindo a informação verdadeira, de forma atrativa, agradável, sem distorções dos assuntos. Implementar atividades não significa banalizar o rádio, tudo deve ser previamente elaborado e analisado pelos profissionais da educação visando sempre apresentar soluções para uma melhor qualidade de vida a todos, afinal, é pra isso que estudamos.
Talvez a falta de preparação dos educadores em lidar com o equipamento rádio fosse o problema se não nos dispuséssemos hoje de tanta informação gratuita na Internet, canais educativos, fica evidente que o problema real está no interesse em “aprender para passar”, porque, como diz o atual presidente “nunca antes na história desse país” a informação esteve tão disponível como hoje está. Algumas dicas sobre o manuseio do equipamento podem agilizar o processo de ensino-aprendizagem através do rádio, mas isso não faz do rádio um equipamento complicado de se usar.
As universidades nacionais já desenvolvem projetos como o curso de pós-graduação em “mídias na educação” visando a organização e aplicação de todas estas ideias poucas exploradas pela falta de informação e interesse dos educadores em aproveitar um meio tão rico em metodologias de ensino.
Fica claro através do módulo de rádio, que a grande questão da educação atual é como revisar os nossos conceitos como educadores, nossas metodologias e conteúdos, como aplicar todo conhecimento adquirido ao longo dos anos como educadores através de meios mais atrativos como o rádio.


A educação só se faz com compromisso, dedicação e determinação. As tecnologias só são meios mais atrativos de disponibilizar a informação, o saber. Devemos parar de nos darmos um leve “verniz de conhecimento” e rever nossos conceitos sobre educar, desenvolvendo projetos pedagógicos mais modernos para uma melhor qualidade da educação e formação do nosso país.




EM ANEXO, UMA ENTREVISTA REALIZADA COM UM RADIALISTA PROFISSIONAL DA RÁDIO FM CIDADE DE MACARANI – REDE TRANSAMÉRICA, 93,1 Mhz




SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – 2010
ALUNO: Luiz Artur Meira Moura
TUTOR: Maria das Graças Ferreira Telles


ENTREVISTA COM UM RADIALISTA PROFISSIONAL


Macarani, 15 de abril de 2010.


Entrevistador: Luiz Artur Meira Moura
Entrevistado: Antônio Araújo Santana


Bom dia Antônio Araújo, primeiramente gostaria de agradecer pela oportunidade que nos concedeu nos dando essa entrevista e dizer que como educador e cidadão macaraniense, reconheço a importância do seu trabalho na transmissão da informação em nosso município. Sou pós-graduando em mídias na educação pela UESB, e estamos realizando um trabalho sobre a importância do meio "rádio" na transmissão da informação. há muitos pontos de vista sobre o uso deste meio, e nada mais interessante do que saber o ponto de vista de alguém que trabalha com o rádio todos os dias.


1 - HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ TRABALHA COM O RÁDIO? COMO FOI O SEU PRIMEIRO CONTATO COM O RÁDIO? COMO INICIOU SUA CARREIRA COMO JORNALISTA?


R: Olá Luiz Artur e leitores dessa matéria. Para mim é um prazer falar um pouco para vocês dessa profissão maravilhosa que é ser rádio jornalista, e que para mim é toda a minha vida. Comecei no rádio aos 22 anos, fui levado para a Rádio Jornal de Itapetinga pelo locutor e noticiarista, Gideon Batista, para um teste de redação e reportagem externa na emissora que tinha como editor de jornalismo o radio jornalista, Pedro Augusto Benevides Machado e a jornalista, Eliene Portela (hoje redatora chefe do Jornal Dimensão) como redatora. De lá para cá já se passaram 24 anos em que estou na comunicação radiofônica.


2 - O QUE É O RÁDIO PARA VOCÊ?


R: O rádio para mim é tudo! Principalmente minha realização profissional, sou daquelas pessoas que amam o que fazem e por isso procuro fazer o meu trabalho com máximo de perfeição e profissionalismo.


3 - QUAL A MELHOR MANEIRA DE USAR O RÁDIO PARA TRANSMITIR A INFORMAÇÃO?


R: É pensar o rádio não como instrumento de promoção pessoal e político, mas utilizá-lo como instrumento de promoção social, de divulgação de ideias para transformação da sociedade e da comunidade para um mundo melhor ajudando as pessoas a formarem suas próprias opiniões e mudarem conceitos à partir da eliminação dos preconceitos sejam eles sociais, políticos, sociais, sexuais e raciais.


4 - QUAIS OS PRINCIPAIS PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO JORNALISMO PELO RÁDIO?


R: Neste aspecto como rádio jornalista suspeito de falar, para mim o rádio não tem pontos negativos, mas é claro que outros meios de comunicação têm um grande fator de impacto que é a imagem. Mas nenhum outro veículo tem o imediatismo do rádio na comunicação e tanta penetração social. Brasileiro não vive sem rádio.


5 - QUAL DEVE SER A MAIOR PREOCUPAÇÃO DO RADIALISTA COM OS OUVINTES?


R: Toda a preocupação do radialista tem que ser com a forma com que irá agradar o ouvinte. Desde o momento em que ele se propõe a dar uma informação, tocar uma música ou simplesmente mandar um alô para alguém, ele precisa se colocar no lugar do ouvinte e pensar se é aquilo que ele gostaria de ouvir do outro lado. O ouvinte é sempre a meta principal do comunicador de rádio.


6 - O QUE PODE SER MELHORADO NAS EMISSORAS DE RÁDIO DE NOSSO PAÍS?


R: A liberdade de trabalho principalmente no interior onde as rádios estão concentras nas mãos de políticos que abrem mão da liberdade de expressão em prol dos interesses pessoais, isso atrapalha muito os profissionais sérios do rádio que acabam sendo prejudicados porque ou se submetem a censura dos políticos ou ficam fora do mercado de trabalho.


7 - DO PONTO DE VISTA DO OUVINTE, QUAL O TIPO DE INFORMAÇÃO É MAIS IMPACTANTE?


R: Essa é uma resposta difícil. Informação é o momento, é o agora e qualquer fato novo pode ser impactante, mas infelizmente as tragédias e notícias criminais causam mais impacto.


8 - HÁ UM MAU ENTENDIMENTO DA PARTE DOS OUVINTES ENTRE O JORNALISTA ANTÔNIO ARAÚJO E O CIDADÃO ANTÔNIO ARAÚJO?


R: Como em qualquer atividade onde o profissional tende a influenciar na formação de opinião, a vida pública e privada as vezes se misturam e algumas atitudes do profissional podem ser questionadas na vida púbica do cidadão.


9 - DE QUE FORMA VOCÊ ACHA QUE O RÁDIO PODERIA SER USADO NAS SALAS DE AULA DO NOSSO MUNICÍPIO?


R: Acho que as escolas poderiam incentivar os alunos a conhecerem o rádio, levá-los as emissoras para ver como funcionam e levar os comunicadores para ministrar palestras a fim de mostrar que o rádio não só mais um veículo de audição musical e sim um veículo de promoção social.


ASSIM COMO VOCÊ FAZ PARA OS SEUS CONVIDADOS APÓS SUAS ENTREVISTAS, DEIXO O NOSSO ESPAÇO ABERTO PARA QUE VOCÊ POSSA EXPOR SEUS AGRADECIMENTOS, OPINIÕES E SUGESTÕES SOBRE ALGO QUE VOCÊ CONSIDERE IMPORTANTE E QUE NÃO FOI ABORDADO NESSA ENTREVISTA. MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADO PELA SUA PARTICIPAÇÃO.


R: Eu agradeço a oportunidade, não é todo dia que encontramos espaço para falar de nós mesmos. Achei as perguntas muito interessantes e pertinentes, desejo muito sucesso na sua prós-graduação e me coloco a disposição todas e]vezes em que for requisitado por você meu jovem amigo.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Escolas da rede pública começam a receber laptops de programa

15 de abril de 2010 • 16h54

A partir desta quinta-feira (15), as 300 escolas da rede pública que vão participar do programa Um Computador por Aluno (UCA) começam a receber os laptops. No primeiro lote serão distribuídos 33.765 máquinas para 85 escolas em dez estados até 13 de maio. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), até o final de 2010 serão entregues 150 mil computadores.
As escolas participantes do programa foram escolhidas pelas secretarias estaduais de educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Cada uma delas deve definir, de acordo com seu projeto pedagógico, a forma como os computadores serão utilizados em sala de aula. Segundo o MEC, os equipamentos possuem um sistema de segurança que desativa o computador caso ele permaneça muito tempo fora da escola. O prazo de garantia das máquinas é de um ano.
Cada laptop do UCA saiu por R$ 550. O total de investimento no programa foi de R$ 82 milhões. O equipamento tem 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia mínima de três horas e peso de 1,5 quilo.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4383781-EI8266,00.html

Reforço nas aulas de informática das escolas municipais



em 15/04/2010
Alunos e professores de escolas municipais de Cachoeiro de Itapemirim vão ganhar um reforço durante as aulas de informática. Setenta e seis estagiários da prefeitura estão fazendo um curso, gratuito, na área de computação, para ajudá-los a lidar com os computadores, equipamentos e programas dos laboratórios de informática das escolas.

Os estagiários são alunos do ensino médio, contratados recentemente pela prefeitura. Na capacitação, que começou na quarta-feira (14) e termina nesta sexta (16), eles estão tendo uma oportunidade de aprofundar seus conhecimentos na área e adquirir habilidades importantes para ingressar no mercado de trabalho.

Desses 76 estudantes, 38 estão fazendo o curso no turno da manhã e 38 no vespertino. A expectativa é de que eles comecem a atuar nos laboratórios em breve. “Vamos dar orientações aos estagiários sobre o que estarão fazendo nas escolas, já a partir da próxima semana”, explicou a coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional Municipal e gerente de Informatização, Marília Barboza Fernandes.

O processo de seleção para estagiários da prefeitura foi realizado em fevereiro e março deste ano. Foram contratados para atuar em vários setores da administração municipal alunos do ensino médio e também do ensino superior. Além da experiência profissional no serviço público, eles têm direito a bolsas de estudo e a vales-transporte.

Fonte: www.cachoeiro.es.gov.br

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tecnologia em Educação

TEXTOS DISCUTÍVEIS
- Tecnologia em Educação -


Pedro Demo (2010)


<!--[if !vml]-->Neste texto tenho a intenção de trabalhar a relação entre educação e tecnologia (agora “novas tecnologias” ou, “novas novas<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->, mas de “tecnologia do espírito”: maneira de intervir em e mudar modos de ser das pessoas (A tecnologia vista como narrativa, 2008). Há críticos ácidos (entre nós, Setzer) (2008), como Sfez (1994), que cita entre os “basbaques” Negroponte e Lévy (A tecnologia vista como narrativa, 2008)<!--[if !supportFootnotes]-->[2]<!--[endif]-->. Pode-se fazer contraponto entre “tecnofilia” e “tecnofobia” (Demo, 2009), procurando alocar-se em algum lugar intermédio, como faremos aqui. Predomina ainda em educação, se não certa repulsa, pelo menos distanciamento comprometedor (Demo, 2009a), o que pode tornar a escola referência obsoleta crescentemente. Sendo nosso século insistentemente contaminado por tecnologias digitais, torna-se crucial saber lidar com elas, também para não ser tragado por elas. <!--[endif]--> tecnologias”) (Levinson, 2009), com o intuito de aclarar modos críticos e autocríticos de produção e uso, afastando-nos da panaceia, bem como da repulsa. Em certa medida, todo processo educativo é “uma tecnologia”, não necessariamente no sentido de equipamento material/virtual


<!--[if !supportLists]-->I.    DEFESA DAS TECNOLOGIAS<!--[endif]-->


Tomo como exemplo de defesa das tecnologias um texto de Jenkins (2010), numa tentativa bem informada de mostrar que os questionamentos podem não ter fundamento científico suficiente, sem falar em resistências piedosas. Discute “oito mitos” em torno dos malefícios dos videogames:
<!--[if !supportLists]-->a)  A disponibilidade de videogames levou a uma epidemia de violência juvenil” – as estatísticas criminais nos Estados Unidos apontam, ao contrário, para uma baixa em 30 anos; dados indicam que pessoas criminosas veem menos videogames que outras, embora seja verdadeiro que jovens criminosos (tiroteios em escolas) eram jogadores de tais videogames (Tapscott, 2009); há que se levar em conta que jovens são mais facilmente jogadores (90% para garotos e 40% para garotas); a grande maioria dos jogadores não cometem atos antissociais; em geral, se reconhece que os crimes em escolas se ligam mais à estabilidade mental e à qualidade familiar de vida, não à exposição na mídia (Sternheimer, 2003); ademais, o pânico cultivado em torno dos videogames é duplamente prejudicial: intensifica suspeitas sobre jovens jogadores que já se sentem afastados da sociedade, e gasta energia que deveria voltar-se para causas mais reais da violência juvenil; <!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->b)  Evidência científica vincula jogo violento com agressão juvenil” – procura-se estabelecer como “evidência científica” procedimentos e resultados ainda duvidosos (por volta de 300 pesquisas), por várias razões metodológicas: imagens de violência aparecem sem contexto, apresentam-se questões aos entrevistados que não fazem parte de seu cotidiano, o ambiente de laboratório é bem diferente do real; pode-se encontrar alguma “correlação”, não causalidade direta, o que permitiria no máximo sugerir que videogames poderiam ser um dos fatores de risco; nenhuma pesquisa consegue estabelecer que videogames seriam fator decisivo;<!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->c)   Crianças são o mercado primário para videogames” – de fato, a maioria das crianças americanas joga videogame, mas o mercado de consumo está subindo de idade, à medida também que as crianças crescem: 62% do mercado de console e 66% do mercado de PC estão acima dos 18 anos; embora seja correto alegar que poderíamos ter videogames menos consumistas e persuasivos em termos de advertising e marketing (Fogg, 2003. Bogost, 2007), cabe lembrar a responsabilidade dos pais; segundo a Federal Trade Commission, 83% das compras de games para consumidores menores são feitas por pais ou por pais e crianças juntos;<!--[endif]--> <!--[if !vml]--><!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->d)  Quase nenhuma menina joga videogames” – historicamente é fato, mas a participação feminina está crescendo firmemente, tendo como uma das razões serem tais jogos porta de entrada para outras habilidades virtuais importantes na vida e no mercado; ainda existem estereótipos sexistas, por conta do machismo dominante, que são contraditados pela tendência das meninas de construir seus caracteres (avatares) de maneira cada vez mais poderosa e independente; Jones (2003) sugere a importância de tais jogos para alimentar a fantasia, e mesmo o tipo de violência “faz-de-conta” (como no filme de faroeste: todos se matam, mas ninguém morre!); em geral as crianças distinguem claramente entre a violência real da vida real e a fantasia da violência nos jogos;<!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->e)  Porque jogos são usados para treinar soldados a matar, possuem o mesmo impacto sobre crianças que os jogam” – esta ilação é excessivamente linear (brutalizar e tonar agressivas as pessoas); para Jenkins (2010), funcionaria somente se: i) isolarmos o treinamento de seu contexto específico cultural e educacional; ii) assumirmos que os aprendizes apenas engolem o que lhes é imposto; iii) assumirmos que os treinados aplicam o que aprenderam num ambiente de simulacro diretamente ao mundo real; videogames são certamente ambíguos, como qualquer jogo (pode-se usar futebol para aprimorar a violência dos atletas), mas podem também ser usados para fins nobres de aprendizagem, sendo este hoje um tema em franco progresso (Gee, 2003; 2007; Shaffer et alii, 2005); <!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->f)    Videogames não são forma significativa de expressão” – em meio a controvérsias judiciais que perduram, o que se constata é apenas a ambiguidade natural dos jogos: podem ser banais e expressivos, podem ser fúteis e persuasivos; seria quixotesco imaginar que as crianças antes de 18 anos fiquem alijadas de tais jogos, porque este controle é fictício e antieducativo; apenas aguçaria ainda mais o interesse duvidoso; ademais, não cabe supor que jogadores não tenham opinião, capacidade de crítica e resistência, bom senso etc.;<!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->g)  Jogo de videogame é socialmente isolador” – grande parte, porém, tem marca social: 60% de jogadores frequentes jogam entre si, com amigos; mesmo jogos previstos para jogadores separados muitas vezes admitem participação (colega ao lado auxiliando nas estratégias, por exemplo); é importante distinguir os cenários: dois jogadores podem enfrentar-se duramente em batalha com morte na tela e ser amigos inseparáveis na vida real; não se pode esquecer ainda que a internet constitui redes sociais, ainda que jamais substituam contato físico; <!--[endif]--> <!--[if !vml]--><!--[endif]-->
<!--[if !supportLists]-->h)  Jogo de videogame torna o jogador insensível” – ao contrário, há estudos que mostram primatas sabendo distinguir perfeitamente entre situação de luta real e simulada (de brincadeira); no “círculo mágico” do jogo tudo parece possível, na vida real jamais e isto os jogadores, em geral, sabem distinguir; afirmar que jogo violento pode causar falta de sensibilidade para com vítimas reais pode encobrir que o jogador já tinha outros problemas mentais; jogo violento pode levar a jogo mais violento, mas é preciso diferenciar os cenários virtuais dos reais.<!--[endif]-->
O questionamento de Jenkins (2010) desses oito mitos é interessante, mas mostra um lado da moeda. Não imagino que seja possível, um dia, reconciliar os dois lados, porque há, ao fundo, também questões hermenêuticas de interpretação multi e intercultural. Por exemplo, muitos espanhóis diriam que a corrida de touros (na qual os touros são sacrificados num ritual de jogo), sendo parte da cultura, não produz nem incentiva violência. Outros – talvez já a grande maioria – diriam que se trata de espetáculo execrável. As tecnologias são ambíguas, naturalmente, como assevera Levinson, discutindo seu “lado sombrio” (2009): podem ser usadas para fins considerados positivos ou negativos. Mesmo as mais polêmicas, como a tecnologia atômica, manchada pelo uso bélico trágico, admite esta visão: pode ser usada para fins nobres também. Outra coisa é considerar o pano de fundo das tecnologias em determinada cultura (a eurocêntrica, neste caso). Quando tecnologia leva o signo da dominação, prepotência, colonização culturamente estabelecido, aparece, para além da mera ambiguidade, a questão ética, pois tecnologia incorpora um projeto de subordinação de outras culturas. Olhando ainda o mercado de “patentes” e de “copyright” que protege a propriedade privada de tecnologias, este cuidado torna-se tanto mais patente.
<!--[if !vml]-->Jenkins refere-se apenas a videogames, mas há tantos outros cenários de violência na internet e computador, que vão desde agressões virtuais que por vezes acabam se tornando físicas, aliciamentos para fins truculentos, assaltos virtuais de hacker em contas bancárias, até pornografia e pedofilia (Virtual Library, 2008. Trolley et alii, 2006. Durosimni, 2008. Gray, 2003. Harding, 2008). Tudo é preocupante, mas talvez mais ainda é a pedofilia, por ter como vítimas as crianças, acrescentando-se a isso igualmente a manipulação delas para fins do consumismo (advertising especializado). Em ambiente de marcado liberal, ética não faz parte, como diria Bakan (2004). Ao contrário da sensação de liberdade que a criança facilmente experimenta lidando com computador e internet, tais ambientes escondem cenários consideráveis de controle, apropriação privada, manipulação de conteúdos, sem falar em plágio, que se tornou preocupação grandiloquente dos professores (Galloway, 2004. Boyle, 1997. Mehgan, 2006. Wesh, 2009. Gray, 2003. Reid, 1999). Olhando por esta ótica, computador e internet podem ser uma brincadeira temerária, deixando os pais angustiados. A criança corre inúmeros riscos, exigindo a vigilância paterna. É difícil discutir os contornos desta vigilância, facilmente empurrada para o autoritarismo. Diria que é importante buscar um meio termo. Não cabe apenas proibir, porque seria incentivo a mais; o filho pode não ver internet em casa, mas o fará, logo que puder, em outro lugar e com muito maior picardia. Não cabe apenas permitir, porque muitas vezes o socorro chegará tarde. Seria conveniente estabelecer ambiente de diálogo franco, embora os pais saibam que os filhos são arredios nessas coisas, porque preferem discutir isso entre pares. <!--[endif]-->


<!--[if !supportLists]-->II.   TRAÇOS MAIS FACEIROS<!--[endif]-->


Não me cabe resolver tamanha controvérsia (Video Game Controversy, 2010), que imagino insolúvel. Mas é claro que computador e internet possuem outras faces. Em parte fez um “up grading” virtual nos contos de fadas, imprimindo-lhes ainda mais fantasia, movimento, animação, interatividade. Tornou-se, literalmente, “cultura popular”, porque é o meio mais marcante de produções culturais. A par disso, podem representar grandes oportunidades de aprender, sem falar que fazem parte das habilidades do século XXI: novas tecnologias não são apenas meio; são também alfabetização, parte integrante dos processos de produção de conhecimento e informação. Embora atrelados ao mercado, que faz deles objeto de consumo sem peias, não podem ser vistos apenas como vilões.
<!--[if !vml]-->Primeiro, falamos agora de “novas alfabetizações”, indicando que a iniciação à vida inclui muitas outras habilidades que não sejam apenas ler, escrever e contar (Attwell, 2007). A nova geração (Carlson, 2005) está empurrando o sistema educacional para além de algumas fronteiras enrijecidas como a da aula instrucionista (Foreman, 2003), neste mundo “feito de conhecimento” (Stehr, 2002). Não querem mais que a escola seja constituída de um sistema disciplinar centrado numa figura intocável e indiscutível (Schneider, 2007. Tapscott, 2009), pela razão simples de que conhecimento não é dinâmica intocável e indiscutível (Feris & Wilder, 2006. Fisher et alii, 2006): é feita por todos e nunca se acaba; não admite mais o argumento de autoridade, agora se funda – sempre provisoriamente – na autoridade do argumento, como ocorre na wikipedia (Mader, 2006. Notari, 2006. Livingstone & Bober, 2005. Education uses of Second Life, 2008. Exploring wikis online, 2008). <!--[endif]-->
Segundo, abrem-se oportunidades não formais, complementares e rivais, introduzindo de maneira bem mais concreta a teoria e a prática da “aprendizagem permanente”. Em grande parte, tudo começa com as “novas alfabetizações” (Coiro et alii, 2008), feitas fora do ambiente escolar, e que continuam pela vida afora, colocando-nos o desafio de atualização infinda (Hargadon, 2008; 2008a). Em parte rivalizam com a escola, em especial quando esta se transforma em trincheira do atraso, em parte a complementam, porque nenhum dos dois ambientes (formais e não formais) podem solicitar exclusividade. No caso da rivalidade, propõe-se ter que “desaprender” a velha pedagogia (McWilliam, 2005. Shirky, 2008), enquanto no caso da complementaridade, acentuam-se expectativas similares de desenvolvimento do pensamento crítico (McSporran & Young, 2004. Carroll, 2004. Dreher, 2001. Lih, 2004). Os ambientes não formais mais decantados são os dos videogames (Prensky, 2001; 2006), porque aliam inúmeras dinâmicas consideradas cruciais para a aprendizagem profunda (motivação, participação, pesquisa, discussão online, scaffolding, interatividade, colaboração etc.).
Terceiro, fomentam-se oportunidades de autoria individual e coletiva, efetivando naturalmente a expectativa de que conhecimento não se copia, se constrói (Emigh & Herring, 2005. Philip, 2007. Scardamalia & Bereiter,  2006). Ultrapassam-se claramente os limiares da pedagogia instrucionista (transmissão copiada de conteúdos para serem copiados) e fomenta-se a noção de que entre as habilidades do século XXI está a da produção própria de conhecimento, também por ser o “charme” do século, assim como a wikipedia se tornou, em parte pelo menos, o charme desta primeira década (Baker, 2008). Seria difícil subestimar a importância desta guinada, mesmo sob a sombra sempre presente do plágio. Já não cabe mais aula sem autoria, porque é plágio. Não cabe aprendizagem sem autoria, porque formação de autoria é, em grande parte, sua alma. Muda também a definição de professor: de repassador de conteúdos, passa a mediador da aprendizagem, mantendo os alunos no centro e dizendo-se também aprendiz (Motschnig-Pitrik, & Jolzinger, 2002. Rose & Meyer, 2002. Teachers 2.0, 2008. Veen, 2008. Oblinger & Oblinger, 2005). Ao mesmo tempo, o professor precisa estar up to date (atualizado) em termos tecnológicos, para estar à altura da nova geração (Jones & Johnson-Yale, 2005. Anderson, 2006).
<!--[if !vml]-->Quarto, computador e internet em geral funcionam como motivadores decisivos, ao contrário de ambientes formais considerados chatos. Há riscos óbvios nisso, quando se preferem textos copiados, se coloca prazer acima do esforço de reconstrução de conhecimento, se cultiva amadorismo improdutivo (Coates, 2003. Crone & MacKay, 2007. Chisholm, 2006. Blum, 2009). Nunca se pode ignorar a ambiguidade das tecnologias, mas visivelmente a nova geração as aprecia, até demais. O exemplo mais pertinente, de novo, são os videogames. Jogando, os alunos podem também distrair-se, isolar-se, perder tempo, drogar-se (Clark & Scott, 2009. Veen, 2007). Entre resistências e entusiasmos, as novas tecnologias vão ocupando seu lugar (Lohnes & Kinzer, 2007. Lynch & Collins, 2001). Ainda é muito cedo para sugerir que internet auxilia a desenvolver o cérebro mais que livros (é uma tirada fora de lugar) (Modine, 2008), mas pode-se afirmar que internet vai fazer parte da aprendizagem, naturalmente (Rubenstein, 2003). Este rosário poderia continuar indefinidamente. A intenção é apenas mostrar também o outro lado. <!--[endif]-->


PARA CONCLUIR


<!--[if !vml]-->A escola e seus professores não podem comparecer neste cenário como mera resistência, tanto porque é inútil (computador e internet vieram para ficar), quanto porque se perde oportunidade decisiva. Não cabe o determinismo tecnológico, porque sociedade e tecnologia se condicionam reciprocamente. Mas é preciso perceber o andar dos tempos. Como educação insiste em afirmar que está à frente dos tempos, seria de se esperar que não se esconda em velharias, como é o atual instrucionismo vigente. Papel decisivo detém o professor: a qualidade de sua aprendizagem é condição decisiva da qualidade da aprendizagem do aluno. Ele precisa, mas que de críticas, de oportunidade tecnológica.<!--[endif]-->

fonte: http://nteitaperuna.blogspot.com/2010/04/textos-discutiveis-tecnologia-em.html