quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vídeos no Youtube e Twitter mostram que a internet está influenciando as campanhas eleitorais no Brasil






A eleição no Brasil mudou consideravelmente na era da internet. Este ano, os candidatos estão brigando não só por votos, mas também por cliques entre um número grande de usuários deinternet.
Os principais concorrentes à sucessão do presidente Lula tornaram-se ávidos tweeters, investiram em sites que podem recolher doações, e participaram do primeiro debate presidencial online do país recentemente.
O debate entre a coalizão governista de Dilma Rousseff, seu principal oponente, José Serra, e a candidata do Partido Verde, Marina Silva, foi transmitido ao vivo em redes como Twitter e Facebook. Embora a TV continue a ser o meio mais poderoso no Brasil, a internet está crescendo rapidamente em importância à medida que milhões de consumidores compram computadores a cada ano.
Os dois principais partidos estão tentando importar os aspectos da estratégia que ajudou Barack Obama ganhar a presidência dos EUA em 2008, através da organização de adeptos e da coleta de doações on-line.
Segundo o Banco Mundial, o número de usuários de internet no Brasil atingiu 72 milhões em 2008, o dobro de quatro anos antes. Os brasileiros acumulam mais tempo online por mês do que qualquer outra nacionalidade.
Assim como a “Obama Girl” nos EUA, no Brasil também tem um vídeo ficando famoso, do “Dilmaboy”, com milhares de exibições no Youtube. Nele, o estudante universitário Paulo Reis dança e canta sua admiração a Dilma, dizendo ao seu adversário: “Sabe que o povo tem fome e quer comer. Sorry, Serra, mas essa você vai perder”.
O vídeo é um raro momento de alívio cômico para os eleitores no Brasil, pois a televisão e as estações de rádio estão legalmente proibidas de fazer qualquer humor envolvendo candidatos nas vésperas da eleição.
Serra, ex-governador de São Paulo, usa sua página no Twitter desde o ano passado para formar um elo direto com os eleitores. Na luta contra a sua imagem de um pouco duro e distante, ele faz reflexões mais leves sobre futebol e sua rotina diária. Serra está atrás da Dilma nas pesquisas de opinião, mas pelo menos tem uma maior presença no Twitter, com mais de 370 mil “seguidores” contra 174 mil da rival.
O popular Lula ainda não tem página própria no Twitter, mas uma mensagem de vídeo dele foi publicada na página da Dilma, exortando os usuários da internet a ajudar a tornar Dilma a primeira líder mulher do país.
Segundo os especialistas, cada usuário da internet é um formador de opinião. Neste momento, apenas os militantes parecem interessados na ferramenta, mas os pesquisadores acreditam que muita gente vai procurar informações online sobre os candidatos perto do dia da eleição.
Já os céticos dizem que o envolvimento dos brasileiros em sites de relacionamento como o Twitter é superficial, e pouco provável que se traduza em ativismo popular pelos candidatos, em grande parte não-carismáticos e com origens semelhantes.
Segundo uma pesquisa do Datafolha, apenas 7% dos eleitores obtém informação de campanha na internet, em comparação com mais de 20% nos Estados Unidos. Os especialistas dizem que no Brasil os partidos ainda estão aprendendo a usar este meio, então ainda há muita incerteza sobre o seu impacto. [Reuters]



fonte: http://hypescience.com/videos-no-youtube-e-twitter-mostram-que-a-internet-esta-influenciando-as-campanhas-eleitorais-no-brasil/

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