Polêmica à vista: algumas escolas do mundo começam a incorporar máquinas que fazem as vezes do educador.
Por: Thiago Camelo
Publicado em 11/08/2010
Atualizado em 11/08/2010
Acima, C3P0, o famoso personagem de 'Guerra nas estrelas' que fala milhares de línguas. Segundo reportagem de jornal norte-americano, o ensino de idiomas seria uma das funções dos robôs em sala de aula (foto: CC BY-NC 2.0 / Wikimedia commons).
É preciso ter cabeça aberta para ler este texto, pois o óbvio é torcer o nariz. Ao menos, foi a reação que tivemos aqui na redação quando lemos a matéria do New York Times.
A notícia: robôs são testados para serem professores em escolas. O NYT mapeou alguns lugares dos Estados Unidos onde testes já estão sendo feitos, como a University of Southern California.
O robô teria uma capacidade inalcançável para qualquer ser humano: a paciência infinitaA reportagem explica que as máquinas têm a capacidade de ensinar, por exemplo, a pronúncia correta de uma palavra. Além disso, alguns robôs já conseguem apreender com os humanos novas informações e armazená-las – uma espécie de inteligência artificial.
Esse argumento desqualificaria, de acordo com a matéria, aqueles que criticam o uso de máquinas no ensino em função da unilateralidade da relação; agora, a via de aprendizado seria de mão dupla.
Segundo alguns desenvolvedores de robôs ouvidos pelo jornal norte-americano, o dispositivo ainda teria uma capacidade inalcançável para qualquer ser humano: a paciência infinita. Ou seja, a máquina pode repetir, sem se cansar e com "a mesma calma", centenas de vezes o mesmo conteúdo. Nenhuma dúvida ficaria sem resposta.
"A ideia é que os robôs complementem o trabalho do professor, e não o substituam"O NYT conta que algumas escolas na Coreia do Sul já começaram a adotar os robôs, e os resultados têm sido positivos. Sobretudo no ensino de crianças autistas, que necessitam de atenção e paciência especiais. O desenvolvimento de tecnologia no setor aponta para dispositivos ainda mais inteligentes em um futuro próximo.
Em um vídeo disponibilizado no portal do NYT, é possível assistir (em inglês) a uma breve apresentação do cenário mundial de robôs/professores. Nas imagens, Benedict Carey – repórter do jornal – faz questão de enfatizar: "A ideia é que os robôs complementem o trabalho do professor, e não o substituam".
fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/eu-robo-professor
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